Este é o meu blog pessoal.
Aqui posto muito de mim, pensamentos, poesias, desabafos, confissões.
Sou uma amante das letras, das artes e da música...
Viver, por si só, já é uma arte, um verdadeiro milagre.
Por isso reformulei meu blog para que aqui eu pudesse escrever livremente o que eu sou ou o que penso...

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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

"Regressão Empresarial"



Não. Não se trata de nenhuma "terapia alternativa" de regressão de consciência ou de cunho espiritual para gestores não, mas de um fenômeno real que está acontecendo com muitas empresas. Regressão do verbo regredir na busca pelo sucesso e ascenção.
Há pesquisas sérias atestando que antes mesmo de completarem 2 (dois) anos de existência, algumas cias. estão fechando suas portas e os motivos são entre outros apresentados, o de maior relevância: a má gestão.
Má gestão de recursos, má gestão financeira, de pessoas e processos. Falta de conhecimento do negócio, do mercado e seus riscos e falta de visão empresarial séria por parte de seus gestores.
De nada adianta ter perfil de empreendedor, ter um belíssimo projeto de um negócio, se não o domina completamente.
Costumo dizer que alguns empresários sofrem da "síndrome de menino maluquinho" que embarca nos seus sonhos, viaja, divaga, contagia a todos com o seu aparentemente negócio infalível, mas no final, não consegue mostrar tão pouco manter resultados satisfatórios que sirvam de base de sustentação para a pretensa nova empresa.
Não basta acreditar, é necessário agir e agir pode ser mais complexo do que se imagina.
Vejo penalizada, empresas que teriam tudo para se tornarem grandes cias em seus segmentos sendo destruídas por causa da imaturidade de seus gestores. E não falo de imaturidade causada por fatores cronológicos não, mas de um total descaso com o compromisso de gerir.
Ainda mais complicado é quando há na empresa uma disputa de poder entre sócios e/ou diretores com mandos e desmandos desmedidos demonstrando total despreparo e gerando obviamente a desconfiança e descrédito nos demais membros ou colaboradores internos e externos da instituição. Fenômeno este que chega a ser surreal diante do advento de tecnologias cada vez mais avançadas, de uma geração cada vez mais exigente, consumista e próspera financeiramente. Essa "regressão" vem acontecendo todos os dias, não lenta, mas em velocidade assustadora e vem fomentando ainda mais a busca pela informalidade, a formação de mão-de-obra sem vínculo empregatício e o surgimento de novas "sociedades anônimas" muitas vezes também condenada ao fracasso pelos mesmos motivos apresentados acima tornando-se um jogo perigoso num ciclo interminável e frustrante.
E quando as práticas imaturas desses "empresários" de fim-de-semana torna-se um hábito, gera-se uma cultura organizacional doentia e moribunda e acredite ou não, com quase 100% de chances de não ser detectada antes da efetiva ruína.
O desejo desenfreado por enriquecimento rápido, status, avidez por estar finalmente a frente da cia aliado a imaturidade, falta de domínio do negócio são apenas um dos motivos que vem desencadeando essa "bancarrota" assombrosa das pretensas empresas.
Crescimento organizacional ou profissional rápido demais requer que suas estruturas acompanhem tal processo ou corre-se o sério risco de perder o controle do seu negócio e de você mesmo, caso seja a sua própria empresa.
Qualquer semelhança não é mera coincidência, meu caro. Isso é novela da vida real, acorde enquanto é tempo.
Se você gestor, valoriza sua empresa, seu patrimônio e como eu, tem a real percepção do quão importante é o ato de gerir bem, dispa-se do seu orgulho em assumir que algo vai mal e atreva-se a tomar atitudes diferentes, mudar essa triste realidade gerada por você mesmo enquanto ainda há essa oportunidade, enquanto a placa "interditado" não foi posta na sua porta e o que é pior, no seu sonho e no lugar de busca do sustento de muita gente que depende de você.
(Por Rosangela Oliveira)