Motivação: sentimento ou atitude?

 

A bem pouco tempo atrás eu pensava que a motivação tratava-se de um sentimento exclusivamente intrínseco. Que eu deveria cultivá-lo fosse qual fosse a situação que me encontrasse.

Hoje, continuo pensando assim…entretanto, vejo a motivação não somente como um sentimento, mas como uma atitude. Uma via de mão dupla, cujas curvas sinuosas representam as dificuldades e os desafios que a vida nos impõe testando e pondo a prova nossos propósitos anteriormente traçados.

Seria muito confortável alcançar nossos objetivos, sejam eles quais forem, sem grandes esforços ou sacríficios. Mas fico me perguntando: O sabor da vitória de um objetivo conquistado nessa circunstância terá o mesmo sabor daquele conquistado debaixo de grandes desafios, obstáculos e consequentemente, grandes aprendizados?

Teríamos alcançado o mesmo grau de maturidade na primeira condição?

Aprendi com Zig Ziglar, em seu livro “Auto Motivação, Altaperformance que o fracasso pode ser o maior professor que a vida pode nos dar, desde que este não acabe conosco” e pude fazer uma proveitosa reflexão sobre isso, pensando em como podem ser salutares as nossas experiências de insucesso.

Eu mesma tive que aprender que o fracasso não é um personagem, mas um momento, um episódio na história da nossa vida.

E como fica a motivação nisso tudo?

A diferença está em como usamos estes “momentos” transformando-os em degraus do nosso sucesso. Pedras fundamentais que compõem nossas experiências, tornando-nos não somente mais fortes, mas fazendo com que nossos próximos passos se tornem mais confiantes, mais assertivos.

As vezes é dificil cultivar essa “atitude” diante de cenários nem sempre favoráveis que nos fazem pensar que o os nossos objetivos estão cada vez mais distantes e não conseguimos ver com clareza.

Pense em um alpinista cujo desejo é vislumbrar o mundo através do topo de uma montanha, que por sua vez, está encoberto de nuvens, com caminhos íngremes, escorregadios e muitas vezes, oferecendo alto risco a sua vida. Pense no que ele irá enfrentar para chegar lá, pense na visão maravilhosa que terá ao chegar lá, na sensação que terá com seu coração batendo forte ao alcançar seu objetivo…

O ponto de partida desse alpinista é sempre o chão…

Uma vida plena, sem mediocridade não implica em não ter dificuldades a serem superadas, em não ter limitações ou medos, mas justamente em tê-los e mesmo assim, continuar avançando…continuar vislumbrundo o topo de sua montanha, seja ela qual for.

Muitas vezes, você terá que rever suas estratégias, mudar seus rumos, reinventar seus planos, despir-se de seus velhos conceitos, abrir-se ao novo, ao inusitado e com isso descobrir-se a si mesmo.

Pense na motivação como um copo de água, que você bebe toda vez que precisa para nutrir, hidratar e preparar e reparar o seu organismo e na falta que ela faz para garantir o seu equilibrio, para garantir a sua própria vida.