A mídia divulgou dia desses, que as empresas não podem mais demitir um colaborador por justa causa devido a embriaguez no trabalho, conforme prevê a alínea F do artigo 482 da CLT (Consolidação das leis do trabalho), isto se, este colaborador reconhecer sua dependência e "aceitar" ajuda por parte da empresa.
Considero isto uma vitória. Não somente por histórias isoladas que tenho conhecimento e até vivenciado, mas por toda a nossa sociedade.
A OMS (organização mundial da saúde) reconhece formalmente que o alcoolismo é uma doença e deve ser encarada como tal. Inclusive havendo hoje CID (Código internacional de doenças) específico para os diferentes níveis de alcoolismo.
CID 291 Psicose Alcoólica, CID 303 Síndrome de Dependência do álcool e CID 305.0 Abuso do Álcool sem dependência.
A OMS define o alcoolismo como sendo estado psíquico e também físico, já que as reações comportamentais são resultantes da ingestão de substância psicoativa/psicotrópica (o álcool e outros destilados) de modo contínuo e periódico, a fim de experimentar os efeitos psíquicos proporcionados por elas ou de se evitar o desconforto causado pela falta delas.
Muitos estudos tem sido publicados diariamente a cerca desse assunto, mas nem todo o material existente no mundo parece amenizar a dor de famílias destruídas pelas consequências do alcoolismo tão pouco devolver a dignidade àqueles que se vêem como dizemos "no fundo do poço" sem conseguir encontrar uma saída, uma solução e, sozinhos, fica ainda mais difícil. Nossa sociedade, por causa do preconceito, muitas vezes vira as costas para o alcoólatra, negando a este o devido tratamento, caso este o aceite.
Meu objetivo com estes "ensaios" que serão publicados periodicamente aqui neste espaço é verdadeiramente levantar a bandeira contra o alcoolismo, em prol dos dependentes do álcool e suas famílias.
Até a próxima...
(Rosangela Oliveira)
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